
O segundo governo do Dr. Moacyr do Carmo foi uma sucessão de desastres em consequência de dois fatores: a doença do prefeito e a nomeação da filha, a procuradora do município Adriene do Carmo para a Secretaria de Governo. Pessoa rancorosa e vingativa, ela levou para o Governo as suas idiossincrasias. Uma delas era o ódio ao sobrenome Lacerda, a pessoa que bancou, política e financeiramente a eleição de seu pai. Para ter maior controle sobre a Administração, ela passava por cima da hierarquia para dar ordens diretas aos funcionários. Ela quase chegou à perfeição quando introduziu a figura do subsecretário, que podia mandar mais que o titular. Na Secretaria de Obras, por exemplo e de grande valia na eleição de vereadores, ela dispunha de um subserviente Subsecretário, que cumpria fielmente todas as suas ordens, mesmo as mais estapafúrdias. Assim, a Secretaria de Obras tinha, de fato, dois secretários: um que era subordinado ao prefeito e o segundo, à Secretária de Governo.No atual e desastrado governo, Zito levou mais fundo a divisão do poder para acolher os novos amigos, criando novas subsecretarias. Em apenas 5 Secretarias, o prefeito criou 15 subsecretarias: Saúde, Obras, Serviços Públicos, Educação e Fazenda. Essa multiplicação de cargos, além de aumentar os gastos com salários (cada sub recebe, brutos, R$ 5,2 mil por mês), provoca os naturais atritos entre chefia e subordinados. No caso da Secretaria de Serviços Público, por exemplo, quem é responsável pela turma do jaleco amarelo? Na esquina da Av. Nilo Peçanha com a Sete de Setembro, o sinal do pedestre está apagado. E um dos subsecretários de Serviços Públicos é dono de uma loja de ferragens naquela movimentada esquina. Com tantos chefes, faltam índios para tocar a rotina das Secretarias. Seria mais razoável a criação de Departamentos, subordinados aos secretários, como era até o segundo Governo Moacyr do Carmo. Pelo jeito, Zito ainda vai amargar muita decepção com essa multiplicação de cargos de chefia!
fonte:http://albertomarques.blogspot.com